quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Eugen Berthold Friedrich Brecht (Augsburg10 de Fevereiro de 1898 — Berlim14 de Agosto de 1956) foi um destacadodramaturgopoeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955.
Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. Sua praxis é uma síntese dos experimentos teatrais de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental da Rússiasoviética, entre os anos 1917-1926. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.




segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

“All the lonely people, where do they all come from?”

Qual é a pior forma de solidão?
Aquela quando se está REALMENTE sozinho, sem ninguém por perto ou aquela quando se esta no meio da multidão? Essa é uma pergunta que ouvi há tanto tempo que não lembro nem de quem e há muito tento responder. É fato que quando não há ninguém por perto temos a consciência de que estamos sozinhos e não temos escolhas. Quando, no entanto, há uma multidão ao nosso redor, podemos pelo menos escolher.

“Enquanto não atravessarmos a dor de nossa prórpia solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um.” – Fernando Pessoa
Podemos sofrer com a solidão ou podemos optar por ela. Ao meu ver a solidão é NECESSÁRIA. Sim, até porque só se pode conhecer e entender o outro a partir de quando se conhece a sim mesmo, e para isso é preciso que passemos um bom tempo conosco, a sós.
Sociologicamente falando a solidão é fruto da exclusão e da marginalização social. O indivíduo que não possui poder aquisitivo não pode contar sequer com a justiça de seu país. Já aquele que se recusa a seguir os padrões fixados socialmente não consegue conviver com as pessoas, é expulso do meio.

“Há um certo gosto em pensar sozinho. É um ato individual, como nascer e morrer.” – Carlos Drummond de Andrade
“A gente nasce e morre só. E talvez por isso mesmo é que se precisa tanto viver acompanhado”  Rachel de Queiroz
Mas o que as pessoas tem dificuldade  de aceitar e entender é que realmente estamos sozinhos. Cada um de nós está fadado a nascer sozinho o morrer da mesma forma, então nesse meio tempo procuramos companhia. E por mais cercados de gente que estejamos, nosso aprendizado, nossos sentimentos e a forma que vemos o mundo e o absorvemos são resultado da vivência de cada um, são experiências e percepções individuais. Lembro-me que isso era, por alto, o que queria dizer Heidegger ao afirmar que a Solidão é o estado inato do homem.
Psicologicamente a solidão pode ser considerada resultado de transtornos, sinal de depressão e/ou um mecanismo de autoproteção desenvolvido pelo indivíduo. Neste caso a solidão pode acarretar angústia e sentimentos negativos.

A Solidão é a sorte do espíritos excepcionais” – Arthur Schopenhauer
“Quem encontra prazer na solidão, ou é fera selvagem, ou é Deus.” – Aristóteles
“Minha solidão não tem nada a ver com presença ou ausência de pessoas...Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia” – Friedrich Nietzsche
O Super Homem de Nietzsche é aquele homem que na solidão (sem ter a quem recorrer afinal Deus está morto) encontra a sua energia e torna-se seu próprio consolo. Sobre esse homem reacaem todas as responsabilidades, e é de si próprio que extrai força. Das reservas que foram sufocadas e limitadas por valores religiosos, pela racionalidade dos metafísicos, e até mesmo por nosso instinto de preservação. É como se devêssemos explorar o nosso interior, “nossas plantações e jardins desconhecidos” e temos potencial para isso.

“Solidão só dá prazer quando sabemos que ela é uma escolha. Solidão só dói quando é inevitável” – Martha Medeiros
“A liberdade é a possibilidade de isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.” – Fernando Pessoa
Outro fator que acarreta solidão é a vontade por liberdade. Para deixarmos de dar satisfações , depender dos outros e viver sob as regras de alguém em particular, para que não haja proteção exagerada por parte dos pais ou até de um(a) parceiro(a) e para que tampouco tenhamos responsabilidades pelas quais não escolhemos é preciso ir e viver sua própria vida. Morar sozinho e ter condições financeiras e psicológicas de se manter. Essa solidão é louvável, a que pode ser escolhida.
                                                                                                         Le.Nu. - Reflexões