segunda-feira, 2 de setembro de 2013

"A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura" Lya Luft




Incrível perceber quando as coisas mudam.

Quando o amor acaba, você nota aos poucos mas se finge de cego até se convencer que este se desvaneceu no passado.

Já quando o amor começa e você se vê pensando naquela pessoa em especial, não há como não sofrer um leve sobressalto.



Porém, o momento em que mais relutamos é ao ver a vida correndo e as fases passando.

Reparar que sua infância e adolescência foram embora, que num piscar de olhos você chegou aos 18 e suas necessidades são cada dia mais distintas.

Mas estranho mesmo é chegar aos 20, com a mente ocupada, focando nas preparações para o futuro e o principal: se desvencilhando das frustrações adolescentes, dos traumas e das inconformidades com as pessoas que fizeram parte do seu passado. Tudo aquilo de repente não importa, simplesmente porque você é agora uma mulher e tem mais, muito mais com o que se preocupar.

A sua vida anda tão atarefada, seus planos são tão intensos que naturalmente a vida alheia não te diz mais respeito.

Se aquela menina é metida, se aquele rapaz pegou geral, se os ex conseguiram te esquecer realmente, se aquela pessoa tão idiota consegue ser feliz e conviver consigo mesmo, se toda a felicidade que as pessoas postam no facebook acontece na vida real, se aquele religioso precisa de salvação, Se o namorado dela realmente a ama ou é só carência, se tudo que sai da boca de algumas pessoas é mentira, porque alguns querem se enganar, o ódio que vc sente daquela ex, o que ficou mal resolvido nos antigos relacionamentos, o que ficou engasgado e você até hoje não falou, o porque de você ter feito as bobagens que fez, ter aceitado o que não valeu a pena... Agora tudo o que você tem a dizer é: foda-se

Todos os questionamentos sobre o passado e o inconformismos acerca da maneira dos outros viverem suas próprias vidas se desfazem gradativamente da sua cabeça e principalmente do seu coração. Ê órgão difícil de curar esse tal de coração.

Há toda uma angústia em tornar-se adulto. Padecer sob as 40 horas de trabalho semanais é difícil, porém deixar de dar satisfações aos pais é ótimo! Só que agora a satisfação é pro chefe o que talvez seja tão ruim quanto. A independência financeira é maravilhosa, mas como você adoraria não precisar trabalhar para sobreviver, heim? Conhecer gente nova e profissional é interessante, no entanto várias vezes você se pega pensando como seria bom estar enclausurada no seu quarto tirando uma boa soneca depois do almoço.

Contudo, "adultecer" te faz alguém. Não economicamente falando, mas sim na formação e consolidação da sua personalidade. O que temos de mais importante é a nossa pessoa, pois é ela que conquista os amores, os amigos, e ela que dita nosso foco na vida e os rumos que iremos tomar assim como ela pode nos destruir. Somos feitos de máscaras, cada uma de uma maneira e todas elas são verdade (mas esse assunto é mais complexo, deixemos talvez para um próximo post). Daí então você percebe a verdade em que está se tornando e como metade das suas verdades até então, se transformam.


Maturidade é algo difícil de se explicar, porque não há uma fórmula para chegar a ela, acredito que se algo a se mirar para ser o melhor possível, mas que nunca se deixa de tentar alcançar. Ninguém atinge a felicidade suprema, a perfeição plena, mas deve-se sempre ir na direção da mesma forma que ocorre com a maturidade absoluta.

 ------------------------------------------------------------------------------- L.N.

Infinito

Você já reparou nas pétalas de uma rosa?
Em como elas se comportam de dentro para fora, em como cada uma possui um formato, uma direção distinta?
Rosas são ao mesmo tempo belas e dramáticas.
Podem se comparar a toda a exuberância da maturidade ou a toda frieza e mistério de um buraco negro.
Rosas são introspectivas, belas, fortes.
As suas rosas me lembram de cada olhar seu, me recordam cada gesto de amor.
Rosas também me proporcionam lembranças sobre o tempo. Sua definição, sua ambição.
Claro que o tempo é ambicioso, afinal ele quer tudo pra si, assim como o mundo parece caber dentro de uma rosa.
E os entrelaces do Tempo! Aqueles que fazem  a vida dar mil reviravoltas até um momento preciso onde tudo se encaixa, onde cada segundo vivido aparentemente em vão toma o seu lugar certo e passa a ter uma razão.
Mas é só uma, rosa, Letícia. Como você vê tudo isso?
É numa rosa entregue pelas mãos do seu amor, que você percebe todo o infinito que há dentro dela.

terça-feira, 16 de julho de 2013

E que venham mais anos


Vou contar uma história, já faz um ano.
Ela pensou em sair, queria assistir um festival de animação. Daí ela ligou pra ele, um pouco em cima da hora até.
Ele atendeu, ele adorou a ideia de ir com ela. Então foram, se encontrariam lá.
Como ela morava mais perto acabou chegando super cedo (normalmente vans para o centro da cidade são mais rápidas que ônibus, sabe).
As filas estavam enormes, foi até bom ela ter chegado cedo. Ficou no telefone com uma amiga enquanto esperava.
Ele chegou, deu um beijo nela, se desculpou pelo atraso. A fila estava chegando ao fim...
"Estudante paga meia, qual sessão?" perguntou a balconista.
Pegaram então duas sessões a noite. Bom, teriam tempo para comer, relaxar e conversar.
Falavam sobre tudo, o tempo friozinho do lado de fora, os estudos complicados, gostos musicais, polêmicas sociais, tudo os interessava.
Primeira sessão.
O silêncio da sala de cinema, olhos focados na tela, corações focados um no outro. Olhos focados na tela, olhos focados um no outro, bocas encostadas, mentes flutuando, olhos nos olhos, carinhos... Pra Que filme? Pra Que cinema? Pra que realidade?
Quando os olhos se abrem Eles lembram de onde estão. Ela apoia a cabeça no ombro dele e continuam assistindo o filme, um pouco sem graças diga-se de passagem.
Ele não conseguia pensar em mais nada a não ser ela, estava fascinado.
E ela, bem, ela estava encantada e achava mágico cada segundo ao lado dele, ela esquecia do mundo ao lado dele (e ainda esquece).
Intervalo entre as duas sessões. Pausa para ir ao banheiro, tomar um café.
Voltaram a sentar juntos e conversar. Ele parecia não estar ouvindo, ela comentava sobre o curta que acabaram de ver e ele a interrompe.
"Acho que está na hora de eu te pedir em namoro."
Ela não entendeu muito bem se aquilo era um pedido real ou só uma conjectura, só um pensamento em voz alta. Então ela com toda a sua polidez habitual se limitou a perguntar "Mas já?"
Ele abaixou os olhos "É eu sabia que vc ia achar muito cedo"
Ela entendeu que realmente se tratava de um pedido e disse: "Hey, calma. Você sabe que eu sou complicada, pretende me aturar, ter paciência comigo?"
"É lógico! Bem, é que o que a gente tem já passou de uma amizade colorida, não é?"
"Sim, acho que sim."
Bem, já faz um ano e ele anda cumprindo a promessa, eles continuam apaixonados como nunca pensaram estar. E tudo isso foi fruto de eventos de probabilidade muitíssimo baixa de se tornarem realidade.
Apresentando os personagens:
Amiga: Marcella Magalhães
Ela: Letícia Nunes
Ele: Felipe Yuush
— em CCBB Rio de Janeiro

sexta-feira, 15 de março de 2013

Que falta faz os meus 16 anos.
Época em que éramos cheios de sonhos
E as responsabilidades eram mais limitadas.
Momento em que fizemos muitos amigos de uma vez só
Quando nos importávamos com coisas pífeas, por faltar algo sério com o que se preocupar.
Quando dinheiro era o de menos e quando o futuro era aqui e agora
Que falta faz os meus 16 anos.
uando valia tudo por um ídolo, queriamos ser como eles.
antes dos meus heróis morrerem de overdose.
Antes de carregar o mundo nas costas, quando éramos simplesmente carregados por ele.
Que falta faz os meus 16 anos